TENTATIVA DE GOLPE NO PARAGUAI
Apoiadores de Lugo se
mobilizam contra pedido de impeachment do presidente paraguaio
A sexta-feira começou tensa no Paraguai. Cerca de 2 mil
pessoas já estão em frente ao Congresso. Outras milhares, oriundas do interior,
são esperadas durante o dia. Em meio à vigília, algumas vezes é cantado o hino
nacional. Há palavras de ordem como o batido "o povo unido jamais será
vencido", repetidas diversas vezes.
Para o jornal Última Hora, o trabalhador rural Elvio
Benítez qualificou há pouco a abertura de processo de impeachment contra o presidente Fernando Lugo e o possível afastamento do
presidente já hoje como "um golpe".
E esse era o sentimento geral entre os manifestantes, que são cercados por 4 mil militares no policiamento ostensivo.
A justificativa do Congresso paraguaio para ter aberto na quinta-feira o processo de impeachment foi de mau desempenho das funções por parte do presidente e de ele ser responsável por uma operação policial que terminou com 17 mortos, entre policiais e integrantes de movimentos sociais, uma semana atrás.
Lugo terá, no início da tarde, duas horas para fazer sua defesa — ele havia pedido três dias e assegurou que não vai renunciar. Seus aliados já preparam ação judicial definindo o processo de impeachment como inconstitucional.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil, Antonio Patriota, chegou a Assunção e, durante a madrugada, acompanhado de representantes de outros países sul-americanos, definia uma linha de atuação para ajudar nas negociações.
A primeira coisa que o grupo fez, chegando ao Paraguai , foi seguir do aeroporto para a residência oficial de Lugo. Além de Patriota, integram o grupo os chanceleres Héctor Timerman (Argentina), Luis Almagro (Uruguai), Alfredo Moreno (Chile), Nicolás Maduro (Venezuela), Rafael Roncagliolo (Peru), Ricardo Patiño (Equador) e María Angela Olguín (Colômbia), além da ministra de Desenvolvimento Rural da Bolívia, Nemesia Achacollo, e o secretário-geral da Unasul, Ali Rodríguez.
Fonte: www.zerohora.clicrbs.com.br
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