DO BLOG DE LUIS NASSIF
Por alfeu
Da BBC Brasil
A Índia lançou um ambicioso plano
para o pagamento em dinheiro de subsídios aos mais pobres em 20 distritos,
segundo as autoridades. O ministro das Finanças, P. Chidambaram, disse que o
esquema beneficiará mais de 200 mil pessoas inicialmente, e que cobrirá todo o
país até o final de 2013.
As autoridades afirmam que a
iniciativa, que se assemelha ao Bolsa Família brasileiro, vai trazer os
cidadãos mais pobres do país "para o palco principal". Mas os
partidos da oposição acusaram o governo de "subornar os eleitores"
antes das eleições gerais de 2014.
O governo planeja desembolsar 3,2
trilhões de rúpias (ou cerca de R$ 120 bilhões), sob o esquema de Transferência
Direta de Benefício (DBT, na sigla em inglês). O esquema significa para os
beneficiários dos 29 programas de bem-estar no país - principalmente
relacionados a bolsas de estudo - a transferência de valores para contas
bancárias ligadas a seus números de identificação únicos em 20 distritos a
partir de janeiro.
O programa será estendido para outros
11 distritos a partir de 1º de fevereiro e mais 12 distritos a partir de 1º de
março. "Este é realmente um divisor de águas na maneira com que nós
governamos", Chidambaram disse a jornalistas na segunda-feira (31), um dia
antes do lançamento do programa.
"Esta é uma mudança de jogo. Ele
é um divisor de águas na maneira em que o benefício atinge o beneficiário, sem
qualquer intermediação por qualquer ser humano", acrescentou.
O ministro das Finanças disse que,
nesta fase, o regime não iria cobrir subsídios para alimentos, fertilizantes,
diesel e querosene, porque o governo ainda opera com um "grande grau de
cautela".
"Vamos olhar para a
transferência de todos os subsídios e benefícios através deste esquema, mas
temos que fazê-lo lentamente. Nós não vamos apressar em nada e depois descobrir
que o sistema não consegue lidar com isso", disse ele. Sob o esquema, os
que vivem abaixo da linha da pobreza receberão entre 30 mil rúpias (cerca de R$
1.200) e 40.000 rúpias (R$ 1.500) por ano, em vez de cerca de dezenas de
programas de bem-estar, incluindo bolsas e pensões.
Funcionários dizem que a iniciativa
vai reduzir o desperdício de dinheiro, garantindo que o bem-estar chegue
àqueles que mais necessitam. Analistas, no entanto, dizem que a aplicação do
regime pode não ser fácil como apenas 222 milhões de pessoas na Índia
matriculadas até agora em um esquema de identidade biométrica. E também porque
as famílias mais pobres não têm contas bancárias e muitas aldeias não têm um
banco.
As autoridades indianas dizem que
cerca de 360 milhões de pessoas atualmente vivem na pobreza. Mas uma estimativa
sugere cerca de três quartos de 1,21 bilhão de indianos vivem abaixo da linha
da pobreza.
NOSSA OPINIÃO:
Lula está, aos poucos, conseguindo
convencer o mundo a aderir a sua luta contra a fome e a miséria. A Índia (um
dos países mais pobres do planeta) implanta um projeto bem parecido com o nosso
Bolsa Família, que retirou milhares de famílias da pobreza.
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