quarta-feira, 31 de outubro de 2012
PT: DESASTRE EM CEARÁ-MIRIM
O
Partido dos Trabalhadores saiu mais forte desta eleição. Ao todo o PT elegeu 635
prefeitos (as) e 5.191 vereadores e vereadoras em todo país.
No
RN elegeu 06 prefeitos (a), vários vice-prefeitos (as), disputou bem em Natal e
terminou a eleição com “gordura” eleitoral suficiente para pensar no senado em
2014.
Em
Ceará-Mirim, porém, o partido é um desastre.
Devido
a erros consecutivos na estratégia eleitoral (desde 2004 que faz a opção
errada) e concentração de poder nas mãos de figuras inexpressivas e sem
liderança, o PT coleciona derrotas consecutivas.
Em
2004 apoiou o ex-prefeito Roberto Varela, há época no PAN – Partido dos
Aposentados da Nação, indicou o candidato a vice (o engenheiro civil Herbert
Dantas) e só obteve 1.650 votos, devido a liderança pessoal de Roberto.
Naquele
ano lançou 07 candidatos a vereador (Carlos Sobral, Mazinho do Sesp, Reginaldo
Felipe, Damião do Correios, Etevaldo Junior, Crésio Torres e Borges) e
conseguiu apenas 979 votos. Não elegeu ninguém.
O
rumo mais acertado seria apoiar Peixoto com chances reais de eleger um vereador
que poderia ser Mazinho do Sesp, Carlos Sobral ou Etevaldo Junior (que defendia
a coligação com o PTB).
Em
2008 tiveram, de novo, a chance de fazer diferente e melhor, ou seja, apoiar
Peixoto e eleger um vereador (a). Sem apresentar densidade eleitoral (Livânia
tinha sido candidata a deputada estadual em 2006, sua votação foi um fiasco em
Ceará-Mirim), exigia a vice para selar a aliança.
Como
não conseguiu, decidiram lançar a neo-petista Sheila Varela para prefeita, numa
coligação com o PV, que indicou Xuxa como vice... Levaram uma surra pior que
2004: ela só teve 561 votos, num universo de 44.857 eleitores (as).
Apresentou
nove candidaturas a Câmara Municipal e só obteve 748 votos. Naquela campanha,
ainda estava no PT e defendi, junto com outros (as) filiados (as), o apoio a
Peixoto. Também fui candidato a vereador, consegui ser o mais votado da
coligação.
Agora
em 2012, o PT apoiou o candidato do PSD, Júlio Cesar e lançou apenas uma
candidata ao legislativo municipal: Sheila Varela.
Além
de não ter influenciado no resultado positivo, mesmo com a derrota, de Júlio
Cesar, Sheila obteve míseros 365 votos.
Ou
seja, o PT de Ceará-Mirim está sendo destruído pela cúpula que o comanda.
Diante
desse quadro de autodissolução, fica a pergunta: haverá PT em Ceará-Mirim em
2016?
“PEQUENOS” CRESCEM
Nestas
eleições os partidos ditos pequenos (PRB, PSC, PCdoB, PPS...) mostraram força
política. Muitos deles venceram a disputa no primeiro turno e disputaram bem o
segundo turno.
É
o caso do PSC – Partido Social Cristão que elegeu 83 prefeitos (as). Em
Curitiba, por exemplo, o deputado federal Ratinho Junior foi candidato a
prefeito, foi para o segundo turno, derrotando o atual prefeito Luciano Ducci
(PSB), que era candidato a reeleição, e quase derrota Gustavo Fruet (PDT), que
precisou do reforço de Lula, Dilma e o PT para vencer a disputa.
O
PPS – Partido Popular Socialista teve êxito em 55 cidades. Na capital do
Espírito Santo, Vitória, o partido elegeu Luciano Resende. O seu rival foi Luiz
Paulo (PSDB). Também elegeu o prefeito de Cariacica, Juninho.
O
PRB elegeu 22 chefes do poder executivo, 08 a mais que 2008. Ruy Muniz foi
eleito no 2º turno em Montes Claros (MG).
Já
o PCdoB, que elegeu uma prefeitura no RN, na cidade de Apodi (Flaviano), pulou
de 41 para 56 cidades. Dentre as cidades de médio porte, além de Olinda (PE), o
partido conquistou Belford Roxo (RJ) e Contagem (MG).
Elegeu
ainda a vice-prefeito de São Paulo (SP), Nádia Campeão, e o vice-prefeito de
Rio Branco (AC), Marcio Batista.
Sem
contar que disputou bem em Manaus, Porto Alegre e Florianópolis, nas duas
últimas, indo ao segundo turno.
São
os “pequenos” mostrando força e ocupando lugar dos grandes.
terça-feira, 30 de outubro de 2012
MAIS UM “POSTE” ELEITO POR LULA
Lula
é um grande estrategista, um fenômeno eleitoral inquestionável.
Em
2010, contra a maioria do PT e vários partidos da base aliada, Lula “impôs” o
nome da então ministra da Casa Civil, Dilma Roussef, como candidata a
presidente.
A
mídia a chamou de “poste”, diziam que ela não seria eleita. As pesquisas a
apontavam com apenas 3% de intenções de votos.
Resultado
final: Dilma foi eleita e, hoje bem avaliada, se nada mudar, será reeleita.
Agora,
Lula elegeu outro “poste”.
Impôs,
de novo, um nome para disputar uma eleição: a disputa pela prefeitura de São
Paulo. O nome, Fernando Haddad, que até então era ministro da Educação.
Fernando
Haddad derrotou José Serra (PSDB). O PT voltou a governar a maior cidade do
País.
quarta-feira, 24 de outubro de 2012
Começou agora...
TSE declara Fernando Assef prefeito eleito de Boa Viagem, no Ceará
De acordo com o TSE, chegaram a Corte 3.246 pedidos de impugnação de candidaturas com base na Lei da Ficha Limpa. 1.423 foram julgados. Há a possibilidade que ocorram novas mudanças no resultado do primeiro turno das eleições.
Fonte:www.jb.com.br
Fernando Mineiro propõe audiência pública para debater situação
financeira do estado
O
deputado estadual Fernando Mineiro (PT) convocou audiência pública para
discutir a situação financeira do estado e a proposta do orçamento para 2013,
prevista para acontecer no dia 13 de novembro.
“Debater essa situação é central”, frisou.
Segundo o deputado, a crise financeira é reflexo de um estilo de governo. “Presenciamos um momento no qual o estado tem um aumento da arrecadação, mas passa por uma crise financeira”, definiu.
O deputado concluiu sua fala registrando a análise que fez sobre algumas áreas do orçamento e convidando os interessados para conhecerem o documento, disponibilizado em seu site.
“Debater essa situação é central”, frisou.
Segundo o deputado, a crise financeira é reflexo de um estilo de governo. “Presenciamos um momento no qual o estado tem um aumento da arrecadação, mas passa por uma crise financeira”, definiu.
O deputado concluiu sua fala registrando a análise que fez sobre algumas áreas do orçamento e convidando os interessados para conhecerem o documento, disponibilizado em seu site.
Fonte: www.al.rn.gov.br
terça-feira, 23 de outubro de 2012
A hora e a vez da reforma política
Relator reforma política que dorme na pauta da Câmara há seis anos, o deputado Henrique Fontana (PT-RS) diz que nunca houve clima tão favorável para aprovar o projeto e garante que o presidente da Casa, seu conterrâneo e correligionário Marco Maia, se comprometeu a incluí-lo entre as prioridades que devem ser definidas até final do ano.
“Nove entre dez deputados com quem converso são favoráveis à reforma”, diz o relator. Ele vê na farra das doações ocultas – um caixa dois disfarçado – nas eleições municipais um dos grandes argumentos para o financiamento público exclusivo das campanhas em todos os níveis.
“Vi barbaridades nesta campanha”, lembra Fontana, citando o caso do avião em que a Polícia Federal apreendeu, em Carajás (PA), R$ 1,1 milhão que seriam destinados a campanha do um candidato do PT em Parauapeba (PA). “Quantas outras malas não circularam pelo país?” pergunta.
Além do financiamento público imediato, ele vê convergência para aprovar o fim das coligações nas eleições proporcionais, a coincidência das eleições em 2018 – os atuais prefeitos eleitos disputariam o mandado de dois anos em 2016 -, a participação da eleitores pelas redes sociais na votação de projetos/emendas no Congresso e o voto em lista partidária.
Sujeito vira objeto; objeto, sujeito
O consumismo neoliberal gera, hoje, uma proeza que deixa os filósofos mais encucados: o sujeito humano passa à condição de objeto e o objeto –a mercadoria– ocupa a condição de sujeito. O consumo já não é determinado pela necessidade. Depende, sobretudo, do sonho do consumidor de alcançar o status do produto. Isso mesmo: a mercadoria possui grife, status, agrega valor a quem a porta. Ao obtê-la, o consumidor se deixa possuir por ela. O valor que ela contém, criado pela mídia publicitária e pela moda, emana e impregna o consumidor.
No universo consumista, se alguém deseja ser bem aceito entre seus pares, no círculo social que frequenta, precisa equipar-se com todos aqueles objetos de luxo que o revestem de uma auréola capaz de sinalizar socialmente o alto nível de seu status. Ai dele se não ostentar certas marcas de carro, relógio e roupa. Ai dele se não frequentar restaurantes seletos. Ai dele se não viajar em classe executiva para Nova York, Paris ou uma ilha do Pacifico apontada como o novo point.
Caso o sujeito se recuse a ostentar a lista de objetos considerados requintados, ele corre o risco de ser excluído, deletado do círculo social que estabelece como código de identificação certo nível mínimo de padrão de consumo.
Em suma, o sujeito passa a ser tratado como objeto. Duplo objeto: por se sujeitar à mercadoria e por ser rechaçado por seus pares. Porque no sistema consumista só é aceito quem transita despudoradamente no universo do luxo e do supérfluo. Esse processo de desumanização estimula a obsolescência das mercadorias. Agora se produz para atender, não a uma necessidade, mas a um sonho, um desejo, um anseio de alpinismo social. O produto adquirido hoje–carro, computador, ipad– estará obsoleto amanhã.
Você pode até insistir em conservar o mesmo equipamento eletrônico, suficiente às suas necessidades atuais. Todos à sua volta constatarão o seu anacronismo. Você perdeu a identidade da tribo, que avança para a aquisição de mercadorias ainda mais sofisticadas, com design mais arrojado. O único modo de ser aceito na tribo é se revestindo dos mesmos objetos que, atuando como sujeitos, o resgatam do cinzento e medíocre universo do comum dos mortais.
Essa inversão do sujeito humano tornado objeto e do objeto transformado em "humano” ou mesmo "divino”. Isso se dissemina através da publicidade– que não faz distinção de classes. O apelo é igual para todos. Tanto o biliardário em seu jato executivo quanto o jovem da favela semianalfabeto sofrem o mesmo impacto publicitário.
A diferença é que o primeiro tem fácil acesso aos novos ícones do consumismo. O jovem absorve os ícones em seu embornal de desejos e reconhece o quanto ele é socialmente descartado e descartável por não se revestir de objetos que imprimem valor às pessoas. Daí a frustração e a revolta.
A frustração pode ser compensada pela sadia inveja dos espectadores de brilho alheio: leitores de revistas de celebridades e internautas que navegam atraídos pelo canto da sereia de seus ídolos. A revolta leva ao crime - "não sou como eles, mas terei, a ferro e fogo, o que eles têm”.
Haverá limites à obsolescência? Um dia a superprodução fará com que a oferta seja assustadoramente superior à demanda? Tudo indica que não. A indústria há tempos aprendeu que o consumidor é irracional, não se move por princípios, e sim por efeitos. É a emoção que o faz aproximar do balcão.
Aprendeu também a fazer a produção acompanhar a concentração de renda. Já não se fabricam carros populares. Quem mais adquire veículos são as famílias que já possuem ao menos um.
Agora na pós-modernidade, as pessoas já não se relacionam, se conectam. Os encontros não são reais, são virtuais. Já não se vive em sociedade, e sim em rede. Ninguém é excluído, e, sim, deletado. A intimidade cede lugar à extimidade, na expressão de Bauman. Faz desabar todos os muros da privacidade. A ponto de as pessoas se tornarem mercadorias vendáveis, vitrines ambulantes que esperam ser admiradas, desejadas, invejadas e cobiçadas. Daí o oneroso investimento em academias de ginástica, cosméticos, plásticas etc. Muitos buscam ansiosos ser objetos de desejo. Porque a sua autoestima depende do olhar alheio. E o mercado sabe muito bem manipular essa baixa autoestima.
Frei Betto é escritor, autor de "A obra do Artista – uma visão holística do Universo” (José Olympio), entre outros livros. http://www.freibetto.org -Twitter:@freibetto.
CÂMARA EM DISPUTA
A disputa para compor a Mesa Diretora da Câmara Municipal de nossa cidade (biênio 2013/2014) já começou. E, ao que tudo indica, será bastante disputada.
A coligação Continuar é Preciso elegeu 05 vereadores (Renato Martins - DEM, Luciano Morais - PR, Renato Coutinho - PR, Franklinho - DEM e Jácio Praxedes - DEM). Todos, de forma legítima, tem o direito de se candidatar. Três deles já se colocam publicamente como candidatos a presidência: Luciano Morais, Renato Martins e Renato Coutinho.
Já a coligação do ex-candidato a prefeito Júlio Cesar também elegeu 05 vereadores -as ( Patrícia Juna - PDT, Lila - PSD, Paula - PTB, Marcos Túlio - PTB e Nequinho - PTB), porém, até o momento, não se ouviu nenhuma manifestação da bancada expressando o desejo de ir para a disputa.
Isso não quer dizer que não disputem!
A coligação da ex-prefeita Edinolia Melo (PMDB) elegeu apenas dois vereadores: Heriberto (PSB) e Clécio Junior (PSDB). Esses dois decidem qualquer disputa na Casa Legislativa.
Já o vereador eleito João Carlos (PP), ninguém sabe como se comportará nesta disputa.
Bom... Até o dia 1º de janeiro de 2013, dia da posse de todos os eleitos(as), muita água deve rolar sobre a ponte do Rio Ceará-Mirim, que por sinal, está situada bem próximo a Câmara Municipal, que também serve de ponte: entre os/as cidadãos/ãs e o Executivo.
segunda-feira, 22 de outubro de 2012
Depois de meses "combatendo o bom combate", estamos de volta com notícias sobre política, meio ambiente, saúde, juventude, economia solidária, cultura e transparência pública.
Volto feliz pela vitória que o povo de nossa terra alcançou no último dia 07 de outubro, reelegendo Peixoto, pois "continuar é preciso".
Também muito feliz pela eleição do amigo João Paulo (Paulinho) para a presidência do Conselho Comunitário de Matas. Junto com as (os) demais membros da chapa eleita, Paulinho atrairá muitas conquistas para nossa comunidade e região.
A partir de amanhã, iniciaremos novas postagens.
Acompanharemos a eleição de São Paulo, Natal, Salvador e Fortaleza. O resultado nestas capiatais poderá definir os rumos políticos - eleitorais de 2014.
Voltamos por que "Continuar é Preciso"!
Francisco Navegantes.
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